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Sesc RJ - Clube Sesc do Livro
Sesc RJ - Clube Sesc do Livro
15 membro(s) 2 post(s) 4 comentário(s)

O Clube Sesc do Livro promove encontros virtuais mensais para conversas descontraídas em torno de obras literárias, trajetórias de autores e segmentos literários. No mês de novembro nosso encontro aconteceu  no dia 09/11. 

Conversaremos a partir dos temas que envolvem o livro Encontro você no oitavo round, e contaremos com a presença do autor Caê Guimarães, vencedor do Prêmio Sesc de Literatura 2020 - romance

As leituras sugeridas para o encontro estão disponíveis em: https://linktr.ee/clubesescdolivro. 

Compartilhamos todas as sugestões de leitura e indicações realizadas no decorrer do encontro no grupo fechado da Rede de Bibliotecas Sesc RJ - Facebook, corre lá e confere!

https://web.facebook.com/groups/rededebibliotecassescrj

Nossas conversas sobre o Clube Sesc do Livro não se encerram nos encontros, deixe aqui sua pergunta, sugestão ou impressão sobre a obra e vamos trocar informações! 

Se interessou? Para receber o link da sala para os proximos encontros, se inscreva aqui: http://bit.ly/inscricaoCSL
 

 “After livro I; Perspectivas acerca do texto
“After livro I; Perspectivas acerca do texto"
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After livro I

Li After porque, com o alvoroço que o filme causou, acabei por assistir, assim como muitas outras pessoas, e fiquei curiosa em saber se mais uma vez o meio cinematográfico tinha mexido tanto com o roteiro que nem reconheceria o livro, ou se, como em algumas raras vezes, o roteiro ao menos condizia com a história. 
A priori o roteiro se aproxima muito do livro, porém, o livro tem reviravoltas, não presentes no filme, mais que tendo como ponto principal a relação íntima dos protagonistas, vemos o desenrolar de um relacionamento, por vezes, tóxico.
Ao ser apresentada a uma moça boba, de cidade pequena, percebemos que assim como em outros livros, a autora quis se apropriar do rótulo: “menina que precisa ser salva”, para que tenhamos empatia e torçamos pra que ela encontre seu “príncipe encantado”. O livro tem uma história que se desenrola rapidamente; em um momento Tessa muda-se para sua nova “casa”, a universidade, onde seu futuro será brilhante, e minutos depois ela está com Hardin (par de Tessa). Até gosto disso nos livros de romance, acredito que nestes tipos de livros, o fato dos acontecimentos serem rápidos, faz com que se tenha mais conteúdo, o que provoca no leitor a sensação de desejar chegar ao próximo capítulo rapidamente, até que o livro acaba e você já devorou 500 páginas.  
A princípio Hardin é ríspido, duro, diria até mesmo inseguro, o que o leva a tratar as pessoas a sua volta como se elas fossem o abandonar, concordo que ao longo do percurso de nossa caminhada, pessoas realmente entrarão e sairão das nossas vidas, mas isso não nos dá o direito de acreditar que a melhor forma de auto cuidado é maltratando o outro, o que aliás, Hardin faz ao longo de todo o livro, com todos a sua volta, inclusive Tessa, que chama isso de “gato e rato”, mas eu chamo de falta de responsabilidade emocional para com o outro, principalmente aquela pessoa que ele diz que ama, e, falta de amor próprio da parte de Tessa. 
No decorrer do livro, Tessa muda suas roupas, seu universo particular onde se sentia protegida, mais que isso, ela se sente insegura, a menina que antes tinha seu futuro traçado, duvidava do que ela realmente queria.  Quando li essa parte, me peguei questionando se ela mudou por si, ou porque acreditava que isso a faria se sentir mais parte do mundo que agora ela vivia, o mundo de seu “amor”, me peguei, inclusive, pensando em questões pessoais como: “o quanto eu queria ser magra na adolescência porque eu era sobrepeso, e as meninas da minha idade eram magérrimas, o que descobri depois, as levava aos distúrbios alimentares. O quanto queria beber aos 16 anos porque ‘todo mundo’ bebia, porém a maioria dos meus amigos largou a escola. E no quanto eu queria ser igual a todo mundo porque acreditava que aquelas pessoas estariam na minha vida pra sempre”, e me perguntei: “o que de errado havia na vida de Tessa pra que ela se questionasse tanto sobre se cabia no mundo de Hardin ou não?” mais que isso, “porque achamos que temos que mudar por aqueles que acreditamos que nos amam?”, e quando digo mudar, digo, mudar nossa essência, quem somos no íntimo. 
Vendo o relacionamento de Tessa e Hardin, percebi que mesmo quem nos ama, pode nos magoar ao ponto de quebrarmos a nós mesmos, aprendi que nem todo eu te amo, vem disposto a nos apoiar, e seguir ao nosso lado. Absorvi que, mais que os capítulos de descrição sobre o relacionamento íntimo deles, o fato de o livro ser para o público adulto, me fez entender que uma jovem em formação, ou mesmo um jovem, corre o risco de entender que, o relacionamento dos dois é saudável para os parâmetros da sociedade patriarcal. Infelizmente somos moldados a crer que o amor machuca, o que não é verdade quando você entende que o amor contempla, aglomera e divide o que nos faz bem. 
Entretanto, tiro grandes lições do livro; assim como a protagonista, por diversas vezes em minha vida, me peguei questionando se eu era boa ou não pra alguém, me questionei se eu tinha feito errado ao decidir escolher o melhor pra mim e ver os olhos de outras pessoas me fuzilarem, ou vê-las se afastando de mim, apenas porque eu não era boa pra elas, a verdade é que, eu parava de ser “boa pra elas” quando eu era pra mim, aprendi com os anos que, não só relacionamentos românticos, mas os de amizade, também podem e são abusivos algumas vezes, e precisamos filtrar quem sai e quem entra na nossa vida. 
Indico a leitura do livro, porque imaginei, ao ler, a quantidade de pessoas que passam por isso todos os dias, porque acreditam que "nós aceitamos o amor que acreditamos merecer” (Citação do livro “as vantagens de ser invisível”), e infelizmente somos movidos a acreditar que merecemos pouco, e indico finalmente porque, desejo que ao ler o livro, ao ver a história de fora, ao percorrer o mesmo caminho que percorri, entenda-se que, as vezes, temos alguém do nosso lado que infelizmente não deveria estar, e cabe a nós nos afastar do que nos faz infeliz, e sim, entender finalmente que só precisamos de nós mesmos para nos manter de pé, e claro que as pessoas em nossa jornada são importantes, porém nós somos nosso próprio universo.

Texto criado por: Raquel Tavares, baseado na leitura do livro.

Dia Nacional do Livro Infantil - 18 de abril
Dia Nacional do Livro Infantil - 18 de abril
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Você sabe porque o dia nacional do livro infantil é comemorado no dia 18 de abril?

Bom, dia 18 de abril é a data escolhida para celebrar a literatura infantil nacional. Isso porque, nesse dia, em 1882, nasceu o escritor Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil brasileira. 

Essa data não somente celebra a leitura, como também homenageia esse tão conhecido escritor. Monteiro Lobato, através de seus livros, sempre escolheu mostrar a natureza e a cultura do nosso país. Muitas das fábulas existentes em nossa cultura, foram eternizadas e levadas a diferentes pessoas por meio de seus livros, e sua forma de escrita, estimula nossa imaginação, já que muitas vezes, o autor conta uma história dentro de outra história.

Não somente Monteiro Lobato, mas diversos escritores brasileiros, se dedicaram à escrita infantil: Ana Maria Machado, Eva Furnari, Ziraldo e o bastante conhecido, Mauricio de Sousa, que criou os gibis da Turma da Mônica, que divertem e iniciam muitas crianças na leitura, com suas tirinhas engraçadas e seu colorido.

Uma pesquisa recente elaborou os motivos pelos quais se deve ler para, e com, as crianças, os  benefícios da leitura para o desenvolvimento infantil, são esses:

Aumento na concentração, desenvolvimento na compreensão, incentivo ao lado criativo e a imaginação, aumento do vocabulário, desenvolvimento da leitura e da fala, e o desenvolvimento do conhecimento dos sentimentos e emoções.

Pensando em todos os benefícios da leitura, e por acreditarmos que os livros podem contribuir para o aprendizado infantil, separamos uma listinha de livros infantis que temos em nossa biblioteca, e assim que estivermos abertos ao público, você já pode ficar de olho pra ler com o seu filho, irmãozinho, primo, ou até mesmo com a criança que mora dentro de você.

Indicações de livros:

- A Turma Da Mônica (Gibis)

- Menina Bonita Do Laço De Fita

- Ponte Para Terabítia

- O Meu Pé De Laranja Lima

- Diário De Um Banana

- O Mágico De Oz

- Harry Potter

- Alice No País Das Maravilhas

- As Aventuras De Pinóquio

- Memórias De Emília

- Caçadas De Pedrinho

- Aritmética Da Emília

- O Rei Artur E Os Cavaleiros Da Távola Redonda

- Dom Quixote Das Crianças

 

Fonte: SOUZA, Warley. "18 de abril - Dia Nacional do Livro Infantil"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-nacional-livro-infantil.htm. Acesso em 23 de abril de 2021.

Livros que marcaram sua infância
Livros que marcaram sua infância
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Olá!

Que tal comentar sobre aqueles livros que você não desgrudava quando era criança? Aquele livro que até hoje você recomenda para qualquer pessoa. 

 

Padre Cícero, O santo de Juazeiro
Padre Cícero, O santo de Juazeiro
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Padre Cícero, O santo de Juazeiro

Nascido Cícero Romão Batista, na cidade de Crato, aos 24 de março de 1844, filho de Joaquim Romão Batista, comerciante, e Joaquina Vicência Romana, Padre Cícero tornou-se uma figura essencial para o crescimento e reconhecimento da região do Cariri. Ainda aos 6 anos, começou a estudar com o professor Rufino de Alcântara Montezuma: 

“Cícero começou a soletrar as primeiras sílabas aos seis anos, sob as vistas e a palmatória do bigodudo professor Rufino de Alcântara Montezuma, respeitado mestre-escola da cidade. Um pouco mais crescido, aos doze anos, o rapazote passou a estudar na escola régia de um parente próximo da família, João Marrocos Teles, um padre amancebado e pai de família, em cujo sobrado aprendeu a decifrar os segredos do latim.” (NETO, 2009, p. 26)

Desde a infância Padre Cícero era ligado à religião, aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales, fez um voto de castidade. Em 1860, foi matriculado no colégio do renomado padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras, na Paraíba. Porém teve seus estudos interrompidos pela morte de seu pai, vítima de cólera em 1862. O que o levou a voltar a morar com a mãe e as irmãs solteiras, voltando ao seminário, apenas em 1865, com a ajuda de seu padrinho  coronel Antônio Luís Alves Pequeno.

Na data do dia 30 de novembro de 1870, finalmente é ordenado, mas como não havia sido incumbido ainda de nenhuma paróquia, volta à cidade de Crato onde passa a ensinar latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo seu primo professor José Joaquim Teles Marrocos.

No Natal de 1871, padre Cícero visita pela primeira vez o povoado de Juazeiro (até então, território pertencente à cidade do Crato), e ali celebra a tradicional missa do galo. Exatamente no dia 11 de abril de 1872, chega a Juazeiro para fixar residência definitiva. Estudiosos afirmam que a decisão de morar no juazeiro se deu pois tivera um sonho, onde viu: “Jesus Cristo e os doze apóstolos sentados à mesa, assim como na última Ceia, de Leonardo da Vinci. De repente, adentra ao local uma multidão de pessoas carregando seus parcos pertences em pequenas trouxas, a exemplo dos retirantes nordestinos. Cristo, virando-se para os famintos, falou da sua decepção com a humanidade, mas disse estar disposto ainda a fazer um último sacrifício para salvar o mundo. Porém, se os homens não se arrependessem depressa, Ele acabaria com tudo de uma vez. Naquele momento, Ele apontou para os pobres e, voltando-se inesperadamente, ordenou: - E você, Padre Cícero, tome conta deles!” (WALKER, 2018).

Em 1.º de março de 1889, durante a celebração da uma missa, no momento da comunhão da religiosa Maria de Araújo, a hóstia transforma-se em sangue, destaca-se que esse fato se repetiu por mais ou menos dois anos, a notícia se espalhou rapidamente dando início a um período de romarias e importante visibilidade para a cidade interiorana de Juazeiro do norte.

Aos 90 anos de idade, acometido de paralisia intestinal, morre dia 20 de julho de 1934. Sendo sepultado na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro: “-No Céu, eu rogarei a Deus por todos vocês…” (NETO, 2009, p. 510).


Fonte: 

NETO, Lira. Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão. Editora Companhia das Letras, 2009.

WALKER, Daniel. Blog do Padre Cícero. Juazeiro do Norte, 12 jan. 2018. Disponível em: http://www.padrecicero.net/. Acesso em: 22 mar. 2021.

 

Para maior aprofundamento sobre o tema, temos os livros abaixo disponíveis na biblioteca SESC - Juazeiro do Norte:

Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão

Memorial Padre Cícero E Outras Histórias

Memórias De Um Romeiro

O Padre Cícero Que Eu Conheci

O Patriarca De Juazeiro

O Político Padre Cícero